Segundo avança este sábado a imprensa argentina, as maratonas titânicas que tornaram memoráveis tantos eventos da Taça Davis estão agora bem perto do fim. Após muitos anos de queixas sobre a estrutura da competição por parte de alguns dos países mais influentes na esfera tenística, o Presidente da Federação Internacional de Ténis (ITF), Francesco Ricci Bitti, decidiu tomar medidas e apresentar uma proposta de mudança.
“A ideia é que a partir do próximo ano a Taça Davis inclua o tiebreak no quinto set. Disputar encontros de sete horas é fantástico para os jornalistas, mas não para os jogadores. Decidimos assim”, revelou a ‘cara máxima’ da ITF, confirmando o que vinha a ser aguardado por muitos dos atletas que participam na competição.
Muitos dos tenistas de elite, como é o caso de Rafael Nadal, Novak Djokovic e até Roger Federer já se pronunciaram com críticas ao formato da competição, afirmando que é muito difícil conciliar o calendário ATP com as etapas da Taça Davis (pelo que os mesmos não defendem as cores do seus países em todas as eliminatórias da prova), algo que é ainda mais dificultado pela ausência de tiebreak na quinta partida, como ainda acontece em Melbourne, Paris e Londres.
A notícia é apresentada também na sequência da última eliminatória da Taça Davis entre Argentina e Brasil, que teve lugar neste mês de março. O herói argentino, Leonardo Mayer, sentiu na pele a dor de uma quinta partida no seu duelo titânico frente a João Souza antes de triunfar ao cabo de 6h42, numa vitória que surgiu como a gota de água que provocou a ação dos órgãos internos. “Nenhuma federação propôs nada. O tema estava em cima da mesa há anos.”, afirmou Ricci Bitti.
Desta forma, muito dificilmente se verão maratonas que ao mesmo tempo se afiguravam como extraordinárias (para o público) e autênticos pesadelos para os jogadores. Com a competição já nos quartos-de-final, faltarão poucas eliminatórias a ser jogadas a ‘longa distância’ no último parcial.
