Johanna Konta viveu este sábado um dos momentos mais difíceis da carreira, ao ser insultada em court pelo capitã da Roménia, Ilie Nastase, durante o segundo encontro de singulares da jornada, que a Grã-Bretanha conseguiu empatar depois de uma entrada mais forte da equipa da casa.
Um dia depois das declarações polémicas que proferiu na cerimónia do sorteio, Nastase insultou o árbitro, a jogadora adversária, a capitã e, mais tarde, os jornalistas, deixando mesmo Johanna Konta em lágrimas. O comportamento do ex-tenista romeno terá gerado repercussões semelhantes no público, como contou, mais tarde, a número 1 britânica.
“Foi infeliz o público ter tomado a iniciativa de seguir o comportamento do capitão romeno”, começou por dizer Johanna Konta depois de derrotar Sorana Cirstea por 6-2 e 6-3, citada pelo Telegraph. “A linguagem abusiva de todos os que estavam lá transformou-se numa bola de neve. Quando alguém promove este comportamento, muitas pessoas ficam a pensar que é aceitável e chegou ao ponto de ficar fora de controlo.”
Apesar do que aconteceu, Konta acredita que “posso falar por todas quando digo que a única coisa que queremos amanhã é ir para o campo e competir. É incrível para o público romeno poderem apoiar as suas jogadoras e não há nada de mal nisso, desde que seja de uma forma justa e não insultuosa.”
Sorana Cirstea não gostou do comportamento da adversária
Questionada sobre o sucedido depois de uma derrota que colocou o resultado a 1-1 no final do primeiro dia, Sorana Cirstea afirmou que “já joguei em todo o mundo, já me chamaram cigana, cabra [bitch], a**hole [sem tradução semelhante], idiota… Fizeram o mesmo que hoje e nunca chorei ou deixei o court. Simplesmente fiquei lá e joguei.”
“Percebo que tenham tirado o Ilie do campo, mas se queriam parar o jogo, paravam a 2-1, não a 3-1 quando a johanna começou a chorar… E depois ela voltou e pediu desculpa, por isso sabia que tinha exagerado. E a Anne [Keothavong, a capitã britânica] fez o mesmo, quando voltou pediu desculpa”, disse ainda Cirstea.
“O público não fez nada e agora elas dizem que se sentiram ameaçadas. Estamos na Roménia e tratámo-vos tão bem. Não acho que seja correto passarem tudo isto para o nosso lado só porque somos um país mais pequeno do que a Inglaterra.”