LISBOA – “Muito feliz”, emocionado, rouco e pronto a guardar este momento junto aos mais dourados e inesquecíveis da história do ténis português. Foi assim que José Vilela conversou com o Ténis Portugal pouco depois do fecho da eliminatória entre Portugal e Ucrânia, que deu a histórica passagem ao play-off do Grupo Mundial da Taça Davis à equipa lusa.
“Sinto-me muito feliz, muito feliz. Primeiro, porque na história do ténis português a primeira vez em que fomos ao play-off eu era capitão e o Emanuel Couto e o Nuno Marques eram jogadores titulares. Foi no Lawn Tennis Club da Foz, no Porto, o clube onde eu nasci”, começou por dizer o ex-jogador e capitão da Taça Davis.
“Agora, 23 anos depois, aqueles que como jogadores conseguiram chegar ao play-off são a equipa técnica e dá-me um prazer muito grande que tenha acontecido aqui, porque foi o clube que me acolheu quando vim do Porto para Lisboa, portanto há aqui uma série de coincidências fantásticas e sinto-me extremamente feliz”, disse ainda Vilela.
“A minha voz já não funciona. Vivo imenso o ténis, sobretudo a Taça Davis, que era o meu amor já quando a jogava como jogador, depois como capitão e agora como “amigo” da equipa. Vivo imenso isto e e sinto-me extremamente feliz. É um fim de semana inesquecível”, concluiu.
Sobre a próxima etapa, José Vilela não acredita em facilidades porque “são todas grandes equipas” mas revelou que “gostaria que nos saísse a Suíça. Seria cá e não acredito que o Federer esteja virado para vir cá. E o Wawrinka, depois do US Open… Também não me parece. Seria uma eliminatória com hipóteses de subirmos, mas independentemente dos adversários temos uma equipa muito forte, com 5 grandes jogadores. O João Sousa, o Gastão Elias e logo atrás deles, e ainda hoje o Medvedev ficou admirado com o seu potencial, o Pedro Sousa, que só não é titular porque tem à frente dele o João e o Gastão. Depois temos 2 jovens muito bons, com grande futuro, o João Domingues e o Frederico Silva, portanto esperamos chegar ao Grupo Mundial.”