Gonçalo Oliveira foi o jogador português que mais títulos internacionais conquistou ao longo da temporada de 2016. Em entrevista ao Ténis Portugal, o tenista de 21 anos reconhece ter crescido muito enquanto jogador e já tem objetivos para a época que agora tem início.
ENTREVISTA
– Um ano, nove títulos e muitas outras finais. Foi um 2016 acima das tuas expetativas?
Foi um ano em que cresci como jogador, consegui jogar 7 torneios Challenger e tive a oportunidade de melhorar o meu ténis, o que se refletiu nos resultados em torneios Future.
– Quando é que começaste a ver que eras bem sucedido nas duas vertentes (singulares e pares) e decidiste que ias apostar em ambas?
Os pares e um complemento dos singulares dá-me a oportunidade de fazer mais jogos e ao mesmo tempo me dá confiança nos torneios .
– Quais foram os maiores obstáculos que enfrentaste em 2016?
O maior obstáculo que enfrentei foram as lesões. Infelizmente tive muitos torneios que não pude jogar a 100% e acabei por me retirar várias vezes.
– E o(s) episódio(s) mais caricato(s) que viveste?
Quando fomos a Genebra, na Suíça, chegámos exatamente a meia noite e começou o fogo de artifício. Houve uma grande festa nessa noite na cidade.
– Qual é a maior dificuldade que um jogador como tu, que está a iniciar a carreira profissional e disputa torneios Future, atravessa ao longo do ano? E como é que a ultrapassa?
A maior dificuldade é o cansaço mental, porque há torneios com boas condições e outros com condições não tão boas e línguas complicadas. Tenho ultrapassado [os obstáculos]com a ajuda do meu pai e do seu carinho e também com a ajuda de algumas namoradas pelo caminho.
– Começaste 2016 a disputar torneios em Espanha, França, Itália e Áustria e não tanto em Portugal acabaste mais focado nas provas tunisinas, situação comum a vários tenistas portugueses. Em Hammamet, onde se organizaram mais de 35 Futures, encontram condições diferentes (para melhor?/pior?)
Inicialmente vou atrás do bom tempo porque não gosto de jogar em climas frios nem muito quentes, razão pela qual começo a temporada em Espanha e depois vou procurando torneio no centro da Europa, onde o clima é mais moderado. A Tunísia é praticamente o único lugar perto da Europa onde se podem jogar alguns torneios no final do ano. Espero que Portugal acorde e comece a realizar torneios nessa época, serão um grande sucesso.
– Os teus melhores rankings (425.º em singulares e 269.º em pares) foram atingidos esta temporada. Nesse sentido, já tens números definidos para 2017? Alguma meta em especial que gostasses de alcançar?
Gostava de conseguir melhorar o ranking no próximo ano. É esse o objetivo de qualquer jogador: estar todos os anos a melhorar os rankings de singulares e pares para ter a oportunidade de jogar torneios de maior qualidade.
– O que é que vais trabalhar nesta fase de preparação e transição entre temporadas?
O meu pai está um pouco doente, por isso infelizmente não tenho tido grande oportunidade de ter uma preparação normal.
– E para terminar, qual é o teu maior sonho enquanto jogador?
Atingir o nível dos torneios ATP e jogá-los frequentemente.