Na minha opinião quando se começa a ensinar temos de ter planeado/definido uma ideia do caminho a percorrer para chegar ao topo. Sabemos de antemão que apenas 0,01% irão conseguir alcançar o profissionalismo (e uma boa parte nem quer lá chegar), mas temos de dar a oportunidade a todos de tentarem lá chegar ao topo, mas mais importante que isso, serem o melhor que conseguirem!
A imagem que está abaixo do texto é o programa de desenvolvimento de um tenista da base ao topo, programa este, feito pelo departamento de desenvolvimento da USTA. Com um programa deste tipo sabemos o que vamos trabalhar em cada idade/etapa de desenvolvimento ao nível técnico, táctico, físico e mental tanto como o programa competitivo a definir, entre outros aspectos.
Porque não um programa deste tipo para Portugal?
Se os países com mais jogadores no topo do ténis mundial têm este tipo de programas, e os treinadores na sua grande maioria trabalham e acreditam nesse mesmo programa? Temos o exemplo dos jogadores espanhóis que possuem características que os identificam, são mental e fisicamente muito fortes e que dominam o jogo de fundo do court (Rafael Nadal, David Ferrer, Nicolas Almagro, Fernando Verdasco, etc) ou dos jogadores franceses que são normalmente bastante “completos” (Richard Gasquet, Gilles Simon, etc). É claro que existem excepções mas como é óbvio os treinadores têm de adaptar o treino à individualidade de cada atleta.
Mais importante que um programa deste tipo para Portugal (que vai ser muito difícil por muitas razões), é importante que cada clube/treinador tenha definido um programa deste tipo, já que “sem planeamento qualquer caminho serve”.