A troca de palavras entre Roger Federer e Bernard Tomic tem dado que falar. O suíço recusa-se a alimentar a polémica mas ainda assim deixou escapar que pensava que o australiano era o número 60 do mundo, quando na verdade é o número 17.
No final do encontro que confirmou a sua presença nas meias-finais do Australian Open, o suiço foi questionado sobre as recentes declarações do jovem tenista australiano. “Eu disse muitas coisas em Brisbane. Penso que apenas referiram uma pequena parte e colocaram-na fora do contexto. Um jogador tem conhecimento, reage, talvez frustrado, responde e vai ainda mais longe”, analisou o suíço, a propósito da afirmação de Tomic na qual este considerou que Federer não se encontra nem perto do nível de Novak Djokovic.
O ex-número 1 mundial revelou também desconhecer, naquela altura, o ranking ATP do número 1 australiano. “Honestamente, quando saí da sala de conferência de imprensa [em Brisbane] senti que de certa forma fui duro mas simultaneamente fui justo porque disse coisas positivas sobre ele. Mas depois verifiquei o seu ranking. Não sabia que era assim tão alto”, confessou.
Ainda assim, o tenista helvético pensa que chegar ao topo e manter-se por lá são coisas bem diferentes. “(…) continuo a acreditar que há uma grande diferença entre ser top-10 uma semana, um ano ou vários anos, e manter-se por lá não é fácil. Requer muita dedicação e muito trabalho. Há muitos jovens que têm potencial neste momento, não apenas ele”, concluiu o quatro vezes campeão do Australian Open.