Wimbledon, Dia 11: Djokovic e Federer repetem final de sonho

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Foi uma tarde de sonho em Wimbledon. E muito graças a Roger Federer e Andy Murray que protagonizaram um dos melhores encontros dos últimos anos no Centre Court. Dez dias, quatro horas e 28 minutos depois, estavam encontrados os dois finalistas destes Campeonatos: Novak Djokovic e Roger Federer.

Dores no ombro não assustam Djokovic

Comecemos então pela primeira meia-final que opôs o número um mundial, Novak Djokovic, a Richard Gasquet. Depois da surpreendente vitória do francês sobre Stanislas Wawrinka nos quartos-de-final, eram grande as expectativas em relação a Gasquet no encontro de hoje, mas Djokovic não deu grandes hipóteses ao francês.

Foi uma vitória sem espinhas do sérvio. O encontro começou com os dois jogadores a trocarem braks no início do set e o equilíbrio manteve-se até ao tiebreak, onde a maior consistência do sérvio prevaleceu, vencendo os últimos cinco pontos do “desempate”. E com o primeiro set no bolso, Gasquet não mais pareceu capaz de parar Djokovic, que com uma quebra de serviço no início do segundo e terceiro parciais, selou o triunfo por 7-6(2), 6-4 e 6-4, após duas horas e 20 minutos de jogo.

Com o triunfo de hoje, Djokovic qualifica-se para a sua 17ª final de Grand Slam e a 4ª em Wimbledon nos últimos cinco anos. Numa temporada em que o número um mundial perdeu apenas 3 dos 50 encontros que disputou. A tarde só não foi perfeita para o sérvio por culpa das dores no ombro que forçaram Djokovic a solicitar atendimento médico durante o terceiro set. Mas o sérvio já fez questão de descansar os fãs: “Não é nada que me preocupe. Eu estarei bem para a final“. Óptimo.

Federer mostra como se serve

Depois da primeira meia-final ter sido resolvida em três sets, todos esperavam um encontro mais equilibrado entre Roger Federer e Andy Murray. E o começo do encontro até prometeu, com Federer a enfrentar um ponto de break logo no primeiro jogo de serviço. Acontece que o jogador suiço trouxe as “armas” todas para o court, e a sua pancada de serviço esteve especialmente afinada durante as duas horas que durou o encontro. Depois de salvar o break point, Federer mostrou-se intratável com o serviço, disparando 11 ases e ganhando 84% dos pontos após o primeiro serviço.

A agressividade e os pontos curtos, com muitas subidas à rede, foram a principal receita do suiço. Segundo o próprio, “[este] foi definitivamente um dos melhores encontros que já joguei na minha carreira“. Nós concordamos, Roger.

Com Federer a servir primeiro, Murray cedeu o primeiro parcial quando servia para se manter no set, a 6-5. No segundo set, Murray ainda salvou cinco set points, a 5-5, mas na vez seguinte, novamente a 6-5, Federer não voltou a desperdiçar a oportunidade de quebrar o serviço do escocês e adiantar-se no marcador para 2-0. Aproveitando a vantagem, Federer foi somando winners (56 no total) e foi com naturalidade que acabou por vencer por 7-5, 7-5 e 6-4.

Aos 33 anos de idade, Federer é o jogador mais velho a alcançar a final de Wimbledon desde Ken Rosewall (39) em 1974. Naquela que será a sua 10ª final no All England Club, o suiço tentará na final de domingo vingar a derrota da temporada passada frente a Djokovic e, em caso de vitória, conquistar o 8º título em Wimbledon, o que representa mais um recorde para o número dois mundial. Mas por mais que os números do tenista suiço impressionem, foi a forma como se exibiu esta tarde que deixou todos boquiabertos. Até Deus.

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Natural do Porto. Formada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e atualmente a tirar o doutoramento em Ecologia Florestal na Universidade Católica de Leuven, na Bélgica. Entusiasta de ténis a tempo inteiro.

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