Oito. Não se tratam de dois, três ou cinco mas sim de oito títulos conquistados por Roger Federer na relva do Gerry Weber Open, em Halle, na Alemanha — o primeiro no torneio enquanto ATP 500. Com a vitória deste domingo na competição germânica, o número dois mundial melhora um registo de carreira e chegará a Wimbledon com troféus conquistados em todas as superfícies.
No início da semana, o tenista helvético que no próximo mês de agosto celebra 34 anos enfrentava o torneio de Halle como mais uma semana de preparação para o Major britânico e tinha apenas um único objetivo delineado: vencer; feitas as contas, a época de relva é curta, muito curta, e Federer queria garantir o maior número de jogos (e confiança) possível para viajar para Londres. Conseguiu-o, selando mais uma semana de sonho com um triunfo por 7-6(1) 6-4 sobre o italiano Andreas Seppi — que o surpreendera no Australian Open, a abrir a temporada.
Autoritário no seu serviço e mais atrevido no capítulo da resposta a partir do segundo set — dado que quando (ainda na primeira partida, a 3-3) procurara pela primeira vez dar um passo mais arriscado no serviço do italiano fora interrompido pelos céus — Federer ainda foi forçado a salvar dois set points no seu próprio serviço no parcial inaugural, partindo depois para um tiebreak autoritário, de sentido único e que lhe permitiu ’embalar’ para uma segunda partida com menos erros e mais ‘espectáculo’. O público, claro, ia aplaudindo e só parou quando o helvético voltou a erguer os dois braços.
E assim, em menos de duas horas e num dia em que a chuva ainda forçou a uma pequena interrupção para se fechar a cobertura, o primeiro cabeça de série somou a quinta vitória da semana (Philipp Kohlschreiber, Ernests Gulbis, Florian Mayer e Ivo Karlovic, todos eles adversários perigosos em relva, nas rondas anteriores) para escrever a tão desejada oitava página da história de um reinado que agora, mais do que nunca, é merecedor do ouro. São já oito as vitórias de Federer em Halle, um recorde absoluto na sua carreira e que não ‘sobe’ ao número dez porque em 2010 e 2012 foi surpreendido pelos seus tão bem conhecidos Lleyton Hewitt e Tommy Haas nas respetivas decisões.
Dourada, bem douradinha, a participação de Roger Federer ganha ainda outros contornos quando vista como parte da época que o número dois mundial tem vindo a realizar: o troféu conquistado na Alemanha é o quarto do ano para o suíço, que em 2015 venceu também os torneios de Brisbane e do Dubai, em piso rápido, e de Istambul, em terra batida, conseguindo assim garantir a chegada a Wimbledon com troféus conquistados em todas as superfícies pela primeira vez desde 2015.













