Recordes atrás de recordes. Novak Djokovic é o número um mundial, o melhor jogador do ano e, agora, está apenas uma vitória de completar o Career Slam. É que, com o triunfo deste sábado sobre o seu tão bem conhecido Andy Murray, o sérvio garantiu uma nova passagem à final de Roland Garros, o único torneio Major que ainda não venceu.
Com vinte e sete vitórias consecutivas ‘no bolso’ à entrada para a meia-final, Djokovic sabia que precisava de um começo ao seu melhor nível para impedir uma resposta de Andy Murray. Foi o que fez até meio da terceira partida, ainda disputada no dia de ontem, mas um ponto soberbo do britânico (que da rede partiu para a linha de fundo, onde executou um passing shot de direita praticamente de costas para o adversário) mudou o ritmo do jogo.
E mudou-o de tal forma que este sábado, quando os dois retomaram o que ontem foi impedido pela tempestade esperada (e sentida) em Paris, foi Andy Murray quem sorriu primeiro. Entrou bem no jogo e foi o primeiro a quebrar para conseguir mesmo vencer a quarta partida. Mas a partir daí o britânico não mais pôde celebrar e a vitória tendeu mesmo para o lado do líder do ranking, pelos parciais de 6-3 6-3 5-7 5-7 6-1.
Tal como na Austrália (6-0 no quarto set da final) e em Miami (6-0 no terceiro set da final), Novak Djokovic não deu quaisquer hipóteses a Andy Murray no parcial decisivo. Elevou o seu nível de jogo, reduziu a quantidade de erros não forçados e voltou a subir à rede enquanto, em simultâneo, travava as já poucas tentativas ofensivas do adversário e o impedia, também, se subir no terreno. Com a vitória, garantiu o apuramento para a final de Roland Garros pela terceira vez na carreira.
O que está em jogo
Pela frente na grande decisão deste domingo Novak Djokovic terá o suíço Stanislas Wawrinka, que ontem ‘quebrou’ os corações do público da casa ao deixar pelo caminho o favorito local, Jo-Wilfried Tsonga.
Ora, se para o suíço está em jogo uma segunda vitória em duas finais de torneios do Grand Slam, para o sérvio os números são outros. Já com vinte e oito triunfos consecutivos, está a apenas um de conquistar o torneio pela primeira vez e, consequentemente, chegar ao tão desejado Career Slam (isto é, vencer pelo menos por uma vez cada evento Major ao longo de toda a carreira). Mas há mais: caso o faça, Djokovic fica com metade do Calendar Slam (vencer os torneios no mesmo ano) conquistado.
Nada é certo antes do encontro começar. Até lá, há apenas um dado adquirido. O último jogador a conseguir festejar a conquista do Australian Open e de Roland Garros na mesma temporada foi o norte-americano Jim Courier, já no longínquo ano de 1992.