ESTORIL – As raquetes são o instrumento de trabalho de qualquer tenista. Ao nível profissional, as cordas que os tenistas colocam nas raquetes assumem ainda mais importância. Os detalhes são muitas das vezes o segredo para obter vitórias e quando se fala de cordas, há “manias” para todos os gostos.
Rui Neves é o encordoador de serviço no Millennium Estoril Open, depois de 25 anos de Estoril/Portugal Open, mudou-se agora de armas e bagagens para o Estoril, depois de em 25 anos “só ter falhado um dia de torneio“. Quando o Ténis Portugal falou com Rui Neves, já tinha encordoado 18 raquetes, a uma média de 15 minutos cada uma.
Cada jogador escolhe a corda e a tensão que deseja colocar nas suas raquetes, embora por vezes “existam trocas de tensões“, mas nada que não se corrija em pouco tempo. Estes pequenos detalhes não passam despercebidos aos tenistas, habituados a adaptar as tensões das encordoações consoante as condições do torneio (tempo, tipo de piso e bolas utilizadas).
Este ano, Rui Neves confessa que ainda não recebeu “nenhum pedido estranho“, mas destaca o jovem Borna Coric como o tenista com a tensão mais elevada e o português Gastão Elias com a tensão mais baixa. Gastão Elias encordoou as suas raquetes com 18kgs, bem abaixo da média habitual. Também Frederico Gil adaptou a sua tensão para o Millennium Estoril Open. O tenista português utiliza habitualmente 24kgs e pediu para baixar devido ao peso das bolas neste torneio.
As cordas podem ser feitas de tripa natural, por norma as mais caras, mas também de compostos sintécticos, que são as mais habituais. Por norma, os tenistas levam seis raquetes para o court, o que eleva assim o trabalho de Rui Neves nos dias com mais encontros marcados no Millennium Estoril Open.