O impacto do US Open nos rankings mundiais

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Subidas, descidas, marcos históricos. Um torneio do Grand Slam pode ter impacto na carreira de muitos jogadores e os rankings mundiais são inevitavelmente influenciados pela conjugação de resultados. Subir não é fácil, descer não está nos planos de ninguém. Esta terça-feira o Ténis Portugal apresenta-lhe as mudanças mais significativas nas tabelas ATP e WTA após o US Open 2014.

Ranking WTA

Senhoras primeiro. Por tradição e porque assim foi no próprio Major norte-americano. Serena Williams derrotou Caroline Wozniacki na grande final de domingo e conseguiu assim defender os pontos conquistados nos dois últimos anos — segue no primeiro posto bem isolada de Simona Halep, que também mantém posição. A par delas, também Agnieszka Radwanska mantém o quinto lugar. São as únicas jogadoras entre as dez primeiras a não subir ou descer qualquer posição.

Nos sete lugares restantes verificam-se mais subidas (quatro) que descidas (três), com o destaque a ir para o regresso da finalista dinamarquesa, ex-líder da hierarquia mundial, ao top10, ocupando mais precisamente o nono posto. Não foi um ano fácil, mas Caroline soube ultrapassar todos problemas pessoais e profissionais para voltar à elite. É um dos destaques da fase final da época. Em situação inversa estão, no entanto, Victoria Azarenka (finalista em 2012 e 2013), que saiu das vinte primeiras para figurar no lugar nº 24, e Li Na — ausente da competição há largas semanas e que passou do terceiro para o sexto posto. A chinesa, recorde-se, chegou a ocupar a segunda posição após vitória em Melbourne Park.

Os maiores destaques não fogem, no entanto, à tradição: são as principais surpresas do torneio — ie, jogadoras menos cotadas e seguidas pelo público — quem sobe mais na tabela classificativa. Estes são, claro, os casos das jovens Belinda Bencic (de 17 anos, que atingiu os quartos-de-final e, por isso, passou do 58º para o 33º posto) e Aleksandra Krunic (de 21, que passou o qualifying rumo à terceira ronda, melhorando da 145ª para a 100ª posição) mas também da veteraníssima Mirjana Lucic-Baroni, semi-finalista de Wimbledon em 1999 que este ano passo a fase de qualificação e venceu Halep rumo à quarta ronda; a croata de 32 anos deixou o 121º posto para regressar ao top100, fixando-se no 81º. Também merecedora de destaque é a ascenção de Peng Shuai, semi-finalista, ao 21º posto.

1) Serena Williams (–)

2) Simona Halep (–)

3) Petra Kvitova (+1)

4) Maria Sharapova (+2)

5) Agnieszka Radwanska (–)

6) Li Na (-3)

7) Eugenie Bouchard (+1)

8) Angelique Kerber (-1)

9) Caroline Wozniacki (+2)

10) Ana Ivanovic (-1)

21) Peng Shuai (+18)

24) Victoria Azarenka (-7)

33) Belinda Bencic (+25)

81) Mirjana Lucic-Baroni (+40)

100) Aleksandra Krunic (+45)

Ranking ATP

Se ambos os quadros contaram com grandes surpresas, o feminino viu uma jogadora bem familiarizada com as ‘andanças’ arrecadar o título (tal como havia acontecido nos três Majors anteriores). A competição masculina, porém, consagrou o segundo estreante da temporada e, mais do que isso, entrou para a história por não contar com um dos Big Four na final. Nesta atualização, Marin Cilic e Kei Nishikori (as personagens principais do quadro principal de singulares masculinos) são as grandes figuras.

Enquanto campeão, Marin Cilic não teve apenas o título a celebrar, mas também o regresso ao nono posto do ranking mundial quatro anos depois. Com uma subida de sete lugares, o tenista croata ocupa aquela que era já a sua melhor posição de sempre e ‘atira’ Andy Murray (campeão em 2012) e Jo-Wilfried Tsonga para fora do top10 mundial: o britânico ocupa o décimo primeiro posto, seguido do francês.

Kei Nishikori, contenta-se com uma subida de três lugares para, apesar de falhar o troféu, poder festejar a sua melhor classificação de sempre: ocupa, agora, o oitavo lugar, enquanto o também muito talentoso e popular Grigor Dimitrov está muito perto de abandonar o top10 mundial. E se Kei Nishikori fez história ao tornar-se no primeiro tenista masculino asiático a disputar uma final, Victor Estrella Burgos era já a principal figura do ténis da República Dominicana ao entrar nos cem primeiros. Agora, estabelece um novo máximo de carreira: a 69ª posição.

Do panorama nacional, e apesar de ter falhado os pontos relativos à terceira ronda de 2013 ao perder para David Goffin (que subiu dez posições) na segunda eliminatória deste ano, João Sousa mantém-se no lote dos quarenta primeiros. No limite, esta semana, mas lá está ele mais uma vez.

1) Novak Djokovic (–)

2) Rafael Nadal (–)

3) Roger Federer (–)

4) Stanislas Wawrinka (–)

5) David Ferrer (–)

6) Tomas Berdych (+1)

7) Milos Raonic (-1)

8) Kei Nishikori (+3)

9) Marin Cilic (+7)

10) Grigor Dimitrov (-2)

11) Andy Murray (-2)

12) Jo-Wilfried Tsonga (-2)

40) João Sousa (-2)

46) David Goffin (+10)

69) Victor Estrella Burgos (+11)

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gasparlanca@tenis-portugal.com | Dar palavras a um encontro de dois, três, quatro ou cinco sets, com ou sem tiebreak. Dar palavras a recordes, a histórias. Dar ténis a todos aqueles que o queiram. Mais, sempre mais. Foi com o objectivo de fazer chegar este capítulo do desporto a mais adeptos que fundei o Ténis Portugal em 2010. Cinco anos depois, fui convidado a ser co-responsável pela redação dos conteúdos do website, newsletter e redes sociais do Millennium Estoril Open.

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