Estreia ou revalidação?

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Dentro de poucas horas, será conhecida a grande campeã de singulares femininos de Roland Garros 2014. E se o torneio começou com as surpreendentes derrotas de Serena Williams e Li Na nas rondas inaugurais, à final chegaram duas das jogadoras que maior favoritismo lhes viam ser atribuído antes do começo do segundo torneio do Grand Slam da temporada: Simona Halep, que se estreia em finais desta categoria, e Maria Sharapova, campeã há dois anos e vice-campeã na última edição.
Não restam dúvidas: a final de hoje oporá duas das melhores jogadoras da actualidade em pó de tijolo e promete animar os quase quinze mil espectadores que marcarão presença nas bancadas do Court Philippe Chatrier. 
Favorita à vitória no embate de hoje pelo seu historial em Paris e na terra batida ao longo das últimas três temporadas, a jogadora russa reconhece, para já, o enorme valor da adversária: “O nível dela subiu de forma significativamente grande no último ano, tem um jogo muito sólido e é uma adversária muito física, os encontros com ela são sempre bastante exigentes nesse ponto. Com a forma como ela está a jogar, é uma adversária muito difícil de defrontar. Está a jogar muito bem e ainda não perdeu um único set no torneio. 
No entanto, e apesar de estar a par do bom momento de forma da romena, que subirá ao terceiro posto do ranking mundial na terça-feira, Maria Sharapova não esquecer estar numa final: “Não interessa quem esteja do outro lado da rede – é uma grande oportunidade para ambas e vou estar em jogo a dar o meu melhor até ao último ponto.”
Apurada para a final de um torneio do Grand Slam pela primeira vez na sua carreira, Halep confessa, num tom descontraído, não saber o que tem de fazer para vencer Sharapova ou se a pode vencer. No entanto, sabe como terá de se apresentar na sua primeira decisão: “Vou ter de ser agressiva, jogar rápido, ao meu ‘estilo’, e controlar os nervos. Vão ser momentos difíceis para mim, sem dúvida, mas tenho de ser feliz e aproveitar. Não sei como me vou sentir porque não sei como é disputar uma final do Grand Slam.”

A falta de experiência pode ser uma desvantagem para a romena, mas, por outro lado, não terá nada a perder e é a própria quem o reconhece: “Não tenho nada a perder e vou tentar ter isso presente na minha cabeça durante todo o encontro. Claro que sei que vai ser muito difícil controlar todas as emoções, mas vou dar o meu melhor. Ela é uma jogadora muito difícil de defrontar mas se jogar relaxada, aproveitar o encontro e for agressiva e rápida, penso que tenho as minhas hipóteses.”

Estão, portanto, reunidas todas as condições para que, a partir das 14h deste sábado (mais uma em Paris), se assista a uma grande final feminina. Não perca!

Fotografia: divulgação

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gasparlanca@tenis-portugal.com | Dar palavras a um encontro de dois, três, quatro ou cinco sets, com ou sem tiebreak. Dar palavras a recordes, a histórias. Dar ténis a todos aqueles que o queiram. Mais, sempre mais. Foi com o objectivo de fazer chegar este capítulo do desporto a mais adeptos que fundei o Ténis Portugal em 2010. Cinco anos depois, fui convidado a ser co-responsável pela redação dos conteúdos do website, newsletter e redes sociais do Millennium Estoril Open.

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