A poucas horas de se dar início a mais uma edição do torneio de Roland Garros, que este ano contará com a presença de três atletas portugueses nos quadros principais (João Sousa com entrada directa, Gastão Elias e Michelle Larcher de Brito depois de terem ultrapassado o qualifying) o técnico português deixa-nos a sua opinião sobre a ausência de vencedores jovens no que a torneios do Grand Slam diz respeito nos últimos anos.
Recorde-se que Martina Hingis chegou à liderança do ranking feminino com 16 anos, que Maria Sharapova venceu em Wimbledon com 17 (idade com que Serena Williams triunfou no US Open) e que Rafael Nadal levou a melhor pela primeira vez em Roland Garros aos 18 anos de idade. Não perca:
“No meu entender, a principal razão para o facto de não haver vencedores de Majors com essas idades (bem como atingirem o topo dos rankings ATP e WTA) tem a ver com o que originou a grande mudança nos circuitos: no ténis, como aliás na grande maioria dos desportos, a vertente física tem neste momento um papel fundamental.
O ténis é neste momento um desporto muito mais atlético, a época é mais extensa e portanto o factor físico é determinante quer directamente nos encontros quer na não menos importante recuperação. Ora, como é sabido, é em idades mais avançadas que se atinge a melhor condição física, nomeadamente na resistência e na força.
Assim, penso que não vai ser fácil voltarmos a ter no futuro vencedores de Majors com essas idades apesar de que como diz o ditado “há a excepção que confirma a regra”.
Pedro Cordeiro