Sabine Lisicki, a ‘tomba’ campeãs

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Não é por acaso que Sabine Lisicki é considerada uma das melhores jogadoras de relva da actualidade. Também não é por acaso que a alemã é uma das jogadoras cujo nome é sempre mais aguardado na cerimónia do sorteio do quadro principal de singulares femininos em Wimbledon. Feitas as contas, são já quatro as vitórias da tenista alemã sobre as actuais campeãs de Roland Garros no major britânico, e as quatro ocorreram nas suas últimas quatro viagens ao All England Club. Demasiados números?
Com apenas vinte e três anos, Sabine Lisicki conta já com quatro chegadas à segunda semana de um torneio do Grand Slam, todas elas em Wimbledon: primeiro em 2009 (QF), depois em 2011 (SF), 2012 (QF) e, agora, em 2013 (QF, que ainda podem ser melhorados). Em 2010 não competiu devido a uma lesão no tornozelo.
Os resultados poderiam escapar despercebidos, de entre tantas conquistas e feitos alcançados ao longo de uma temporada por muitas outras jogadoras, mas todos estes quatro anos têm uma coisa em comum: para seguir em frente, a germânica derrotou sempre a atleta que, semanas antes, se havia sagrado campeã de Roland Garros. Em 2009 venceu Svetlana Kuznetsova na terceira ronda, em 2011 derrotou Li Na na segunda ronda, em 2012 Maria Sharapova na quarta ronda e, por último, Serena Williams na quarta eliminatória em 2013.
Com o seu jogo potente e eficaz sobretudo em superfícies relvadas, Sabine Lisicki (que tem como melhor registo a chegada ao vigésimo primeiro posto da tabela WTA – maio de 2012) sente-se confortável no piso verde e apresenta-se confiante, como foi possível entender pelas suas declarações após derrotar a actual número um mundial: “Entrei no jogo a pensar que podia ganhar, porque tinha estado muito bem nos meus três encontros anteriores. Durante o jogo lutei por cada ponto, acontecesse o que acontecesse, porque ela é uma adversária muito difícil de bater, é por isso que é número um mundial.”
E porque o conforto é mais um factor a favor de quem também tem armas, Lisicki é agora apontada como uma das principais candidatas ao título, mesmo quando Petra Kvitova (campeã em 2011), Marion Bartoli (finalista de 2007), Agnieszka Radwanska (finalista de 2012) e Li Na (que já disputou duas finais do Australian Open e que venceu Roland Garros em 2011) ainda estão em competição. Não há como perder o próximo jogo da alemã, que discute o acesso às meias-finais com a estónia Kaia Kanepi.
Fotografia de Jimmie48 gentilmente cedida ao Ténis Portugal

ARTIGO ESCRITO POR GASPAR LANÇA PARA REGISTO PESSOAL A 01.07.2013 E PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ NO TÉNIS PORTUGAL A 11.08.2013 (TENDO A DATA SIDO POSTERIORMENTE ALTERADA PARA A DA SUA ESCRITA).

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gasparlanca@tenis-portugal.com | Dar palavras a um encontro de dois, três, quatro ou cinco sets, com ou sem tiebreak. Dar palavras a recordes, a histórias. Dar ténis a todos aqueles que o queiram. Mais, sempre mais. Foi com o objectivo de fazer chegar este capítulo do desporto a mais adeptos que fundei o Ténis Portugal em 2010. Cinco anos depois, fui convidado a ser co-responsável pela redação dos conteúdos do website, newsletter e redes sociais do Millennium Estoril Open.

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