Depois de 1999, 2002 e 2008 a campeã norte-americana prestes a completar 31 anos de idade continua a fazer história em Flushing Meadows. Depois de conquistar no USTA Billie Jean King National Tennis Center o primeiro Grand Slam da sua carreira há 13 anos atrás, esta lenda do ténis conquistou este domingo o seu 15º major e o seu quarto título no Grand Slam nova-iorquino perante os seus compatriotas.
Serena está assim cada vez mais perto que atingir o feito de Chris Evert ou Martina Navratilova que conquistaram 18 títulos do Grand Slam nas suas carreiras. Contudo ainda longe está o incrível feito da legendária alemã Steffi Graf, que ao longo da sua carreira conquistou 22 majors. Mas Serena atingiu mais um feito histórico, conquistando o 45º título na sua carreira sendo já a jogadora no ativo com mais títulos no seu palmarés, tendo ultrapassado a sua irmã mais velha em Stanford esta temporada.
Nesta final que foi a primeira desde 1995 a necessitar de uma terceira partida para decidir a campeã em Flushing Meadows foi a tri-campeã do torneio até então a impor-se frente à atual número 1 mundial num encontro um pouco irregular com momentos de ténis de grande nível mas também com períodos em que as jogadoras cometeram muitos erros. No último parcial tornou-se mais do que tudo um duelo mental, de vontades com muito drama à mistura.
Tal como tinha acontecido em Wimbledon esta temporada frente a Agnieszka Radwanska, outra das jovens jogadoras que estão no topo da hierarquia mundial Serena foi obrigada a trabalhar para atingir um feito que não era alcançado desde 2002, a conquista de Wimbledon e do US Open, conseguido pela própria americana.
Naquela que era para Serena a sua 19ª final em Majors a norte-americana entrou muito bem, conseguindo uma rápida vantagem de 3-0 acabando por conquistar a primeira partida sem dificuldade por 6-2 ao cabo de 34 minutos. Na segunda partida Serena cometeu mais erros não-forçados, o seu primeiro serviço estava abaixo dos 50% e a bielorussa fez o que lhe competia, atacando o segundo serviço, e ao cabo de 38 minutos foi ela a conquistar a segunda partida, também por 6-2 levando a final a um terceiro parcial pela primeira vez desde 1995.
Por essa altura o ténis fantástico com que Serena tinha iniciado o encontro continuava desaparecido desde o início da segunda partida. A bielorrussa conseguiu variar o jogo mostrando que estava a pensar nas pancadas em court. O terceiro parcial envolveu MUITO drama.
Azarenka conseguiu um break, adiantando-se para 2-1 mas Serena não deixou a a bielorrussa adiantar-se e devolveu o break no jogo seguinte igualando a 2-2. A atleta da casa manteve os seus níveis de inconsistência e foi Azarenka que voltou a conseguir o break adiantando-se para 4-3 e nesta ocasião Serena não conseguiu fazer o que havia atingido anteriormente e foi a bielorrussa a conseguir uma vantagem de 5-3.
Serena chegou a estar a dois pontos de ser vice-campeã pelo segundo ano consecutivo em Flushing Meadows no seu serviço mas ganhou o jogo de serviço e quebrou a bielorrussa em branco quando esta servia para o título, não aguentando a pressão, igualando a 5-5.
Serena adiantou-se para 6-5 com o seu jogo e no 12º jogo foi mais forte selando a vitória ao cabo de 2h18 de batalha convertendo o primeiro match point com um erro não-forçado de Azarenka.
Apesar do ténis instável de Serena, exemplo disso foram os 45 erros não-forçados e 5 duplas-faltas que a norte-americana cometeu, compensados com 44 winners e 13 ases.
Com isto, Azarenka ultrapassou os 10.000 pontos no ranking mundial, enquanto que Serena está cada vez mais próxima do top 3 mundial.