Roger Federer lidera o confronto directo com Novak Djokovic por 14-12, mas o sérvio venceu os últimos três jogos que disputaram (meia-final do US Open 2011, meia-final dos Masters 1000 de Roma 2012 e meia-final de Roland Garros 2012). Dos vinte e seis encontros já disputados, apenas quatro não foram meias-finais ou finais (o último dos quais em 2007, no Dubai). Curiosamente, nunca se defrontaram em relva.
Dos catorze encontros ganhos por Federer, quatro foram finais, enquanto Djokovic (que venceu doze encontros) levou a melhor em três. O saldo em meias-finais é, por sua vez, favorável ao sérvio (nove vitórias e sete derrotas).
Será a nona meia-final entre ambos em torneios do Grand Slam, um record (mais duas que Jimmy Connors vs John McEnroe), e o décimo primeiro encontro em eventos major, incluindo finais, sendo o duelo mais vezes disputado em torneios desta categoria.
Além de decidir um dos finalistas de Wimbledon 2012, o encontro poderá ainda dar asas a um novo número um mundial (caso Roger Federer vença o torneio) e a dois records igualados: caso o suíço vença Djokovic e, depois, a final, igualará Pete Sampras com sete títulos em Londres, um número por bater no circuito, e as 286 semanas de liderança do ranking, passando automaticamente o número na semana seguinte ao torneio.
Conseguirá Djokovic seguir em frente e revalidar o título, ou Federer vai vencer o seu sétimo título no All England Club e voltar aos grandes títulos, depois do Australian Open 2010?
[4] Andy Murray vs [6] Jo-Wilfried Tsonga
Andy Murray lidera o frente-a-frente por 5-1.
Andy Murray: 22 títulos, 11 vice-campeonatos. Melhor resultado em Wimbledon: meias-finais (2009, 2010, 2011).
Jo-Wilfried Tsonga: 8 títulos, 5 vice-campeonatos. Melhor resultado em Wimbledon: meias-finais (2011).
Tal como o encontro entre Novak Djokovic e Roger Federer, o embate que opõe o tenista da casa Andy Murray ao francês Jo-Wilfried Tsonga também promete oferecer um grande espectáculo.
À procura da primeira final da sua carreira ’em casa’ (depois das finais perdidas no US Open, em 2008, e no Australian Open, em 2010 e 2011), Andy Murray não terá tarefa fácil: do outro lado do court estará Tsonga que, apesar de ser o único semi-finalista a não ocupar um lugar dentro do top4 mundial, surpreendeu meio mundo ao derrotar Roger Federer nos quartos-de-final do ano passado, depois de estar a perder por dois sets a zero, e que este ano esteve a apenas um ponto (em quatro ocasiões) de eliminar Novak Djokovic nos quartos-de-final de Roland Garros, tendo ainda perdido a final do Australian Open 2008 para o sérvio.
Apesar da clara vantagem no frente-a-frente (dos seis jogos, Murray apenas perdeu com Tsonga em 2008, precisamente no Australian Open, tendo vencido os dois encontros que disputaram sobre relva [Wimbledon, 2010, e Queen’s, 2011]) o jogador da casa – escocês, britânico… o melhor será mesmo esperar pelo final do jogo e deixar os adeptos ‘escolherem’ – poderá, e deverá, enfrentar muitas dificuldades mas, depois da derrota de Rafael Nadal, o maior obstáculo poderá estar ultrapassado: David Ferrer (em quatro sets), que se assume cada vez mais como um jogador completo e capaz de grandes resultados em todas as superfícies.
Um dos dois chegará à sua primeira final em Wimbledon. Mas será Tsonga, que quatro anos depois dará a alegria ao povo francês de mais uma final de um Grand Slam na história do país, ou Murray (que, em caso de vitória no torneio, será o primeiro britânico a erguer o troféu masculino desde 1936 – na altura conquistado por Fred Perry, a terceira vez na sua carreira)?