Lisboa Challenger. Pascoal e Oliveira sem armas para dupla do top 100

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A participação de Vasco Pascoal e Miguel Olveira no Lisboa Challenger 2016 terminou esta terça-feira no Clube VII, no Parque Eduardo VII. A dupla portuguesa, que havia sido repescada da fase de qualificação, não conseguiu superar David Garcia Campos e Victor Ruiz Remédios na primeira ronda do torneio do World Padel Tour, dotado de 15 euros em prêmios monetários e organizado pela Federação Portuguesa de Padel, em conjunto com a Play Padel e o clube anfitrião.
A discutirem pela primeira vez o quadro principal de uma prova do World Padel Tour, Pascoal e Oliveira – ambos jogadores do Team FPP – cederam, pelos parciais de 6-0 e 6-4, diante de uma dupla mais forte em termos físicos e com um ritmo próprio de dois jogadores regulares do top 100 mundial. Ruiz é actualmente o 65º classificado mundial, deixando o parceiro Campos na 73ª posição – ao passo que Pascoal ostenta actualmente o estatuto de segundo melhor português (120º WPT), com Oliveira cotado 10 lugares mais abaixo (130º).
No final do encontro, foi um resignado Vasco Pascoal a fazer o primeiro balanço da prestação. “Os nossos adversários estiveram completamente por cima durante grande parte do encontro. No primeiro set, não conseguimos fazer nada de nada. No segundo estávamos na dentro do encontro com um break até que ao 4-4 houve uma bola duvidosa que acabou em discussão. Desconcentrámo-nos totalmente, ficámos desorientados e já não houve volta a dar”, descreveu o jogador de 27 anos, antes de concluir. “A principal diferença é que eles todas as semanas jogam torneios no circuito, têm outro ritmo que eu, por exemplo, não tenho. Raramente jogo lá fora. Ainda assim, trabalhámos muito para este torneio, treinámos bem, mas não conseguimos colocar em prática o nosso jogo e entrosamento. Saio descontente com os dois encontros que fizemos, pois em Barcelona e Madrid jogámos muito melhor”.
Desolado, e sem conseguir esconder as lágrimas após a despedida do Lisboa Challenger 2016, Miguel Oliveira apontou as suas razões para o desaire na ronda inaugural. “O facto de querer fazer as coisas todas bem, mostrar que somos capazes, fez com que não estivéssemos com a naturalidade que nos é habitual”, começou por referir, destacando em seguida o mérito adversário. “Eles fizeram um excelente primeiro set. Nem fomos nós que jogámos mal, foram eles que ganharam esse set com todo o mérito. Muito bons tacticamente, entraram com muita intensidade, a pressionar muito para não nos deixar sequer acreditar e tão pouco para que o público ganhasse confiança”.
Sobre a diferença de nível perante dois jogadores do top 100, o esquerdino português assegura que está “ao nível deles” e lembrou alguns problemas sentidos nos últimos dias. “Vivo em Espanha, treino e jogo com jogadores do mesmo nível ou superior a eles, mas hoje não me sentia capaz. Não consegui acompanhar, senti-me fraco, talvez na sequência da gastrite que apanhei no fim-de-semana, que inclusivamente obrigou a minha desistência de um torneio da FPP, e me fez sentir algum cansaço”.

Diogo Rocha e João Bastos estreiam-se hoje no quadro principal

Com a eliminação de Vasco Pascoal e Miguel Oliveira, a representação portuguesa no quadro principal do Lisboa Challenger 2016 fica agora entregue nas mãos de Diogo Rocha e João Bastos. A dupla natural do Porto foi a única das quatro formações lusas a sair vitoriosa da fase prévia internacional, tendo esta quarta-feira encontro marcado na melhor grelha de participantes frente aos espanhóis Raul Diaz Garcia/Raul Marcos Duran.
O embate joga-se no Clube VII, nunca antes das 19 horas, e espera-se novamente que o público tenha um papel fundamental para ajudar Rocha eBastos a escrever mais uma bonita página na história do Padel português.

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