US Open, Dia 1: Cinco horas ‘mortais’ marcam início do último Major do ano

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Uma, duas, três, quatro, cinco. Não foi preciso esperar muito para que os cabeças de série ‘começassem’ a cair; na verdade, as cinco primeiras horas dos quadros principais do US Open revelaram-se ‘mortais’ para alguns dos principais candidatos ao título, como é o caso de Kei Nishikori, vice-campeão na edição transacta.

Se no início tudo parecia decorrer de acordo com a (relativa) normalidade — os primeiros vencedores podem ser encontrados aqui — à medida que o relógio passou a primeira hora de jogo começaram a aparecer indícios de que a jornada daria muito que falar. E deu, e está a dar. Entretanto, sabe-se já que está batido um recorde de assistência no que diz respeito à sessão diurna do primeiro dia: 37.601 espetadores.

Um break no primeiro parcial foi quanto bastou para que Benoit Paire, embalado de um grande verão, assustasse o finalista de 2014, Kei Nishikori, que teve armas para se colocar na frente por, digamos, breves instantes. É que, se no terceiro set permitiu a reviravolta, no quarto Paire contrariou todo o espírito de guerreiro do ‘pequeno’ nipónico e levou a melhor no tiebreak que o embalaria para o melhor triunfo da sua carreira (e primeira vitória sobre um top10 em dois anos) 6-4 3-5 4-5 7-6(6) 6-4.

Se a saída precoce de prova de Nishikori se assumirá como uma das — senão “a” — grandes surpresas de todo o torneio, não só por aí se ficou o começo de jornada: no circuito feminino, foi Ana Ivanovic a primeira a cair. A sérvia, que se tornou na primeira jogadora de sempre a vencer um ponto no Artur Ashe Stadium já com parte da nova estrutura montada, apresentou-se longe do seu melhor no seu serviço e na resposta para permitir a vitória à eslovaca Dominika Cibulkova (3-6 6-3 3-6).

Fim da história? Não, não, de longe! Porque um dia de grandes emoções requer grandes surpresas, o US Open ‘arrancou’ com muitas só nas primeiras horas: a Ivanovic seguiu-se Karolina Pliskova, que foi completamente arrasada (2-6 1-6) pela qualifier norte-americana Anna Tatishvili, tornando-se assim na primeira vencedora da US Open Series desde Andy Roddick, em 2005 (segunda na história), a sair derrotada na ronda inaugural do US Open; também Carla Suarez Navarro (1-6 6-7(5) perante Denisa Allertova viveu um dia menos bom e somou, aliás, o seu sétimo(!) desaire consecutivo, garantindo praticamente que abandonará o top10 depois da prova. A juntar-se à lista das favoritas eliminadas estão Jelena Jankovic, finalista em 2008 (6-2 5-7 3-6 vs Oceane Dodin) e Svetlana Kuznetsova, campeã em 2004, (3-6 5-7 perante Kristina Mladenovic).

João Sousa luta mas não conquista

Já houve dias em que a vitória esteve mais longe do alcance de João Sousa, o único português a participar nos quadros principais do US Open este ano, mas esta segunda-feira simplesmente não foi sinónimo de dia feliz para o pupilo de Frederico Marques. Favorito à vitória, o número 1 nacional não entrou nada bem e viu Ricardas Berankis vencer os dois primeiros sets com poucas dificuldades, por 6-2 6-2, mas começou a esboçar uma boa recuperação logo depois do ‘choque’. Tudo parecia, aliás, correr bem até à quinta partida, em que teve de salvar cinco pontos de break consecutivas e onde não evitou um tiebreak onde, apesar das dores musculares, o lituano venceu por 6-2 6-2 4-6 2-6 7-6(4).

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gasparlanca@tenis-portugal.com | Dar palavras a um encontro de dois, três, quatro ou cinco sets, com ou sem tiebreak. Dar palavras a recordes, a histórias. Dar ténis a todos aqueles que o queiram. Mais, sempre mais. Foi com o objectivo de fazer chegar este capítulo do desporto a mais adeptos que fundei o Ténis Portugal em 2010. Cinco anos depois, fui convidado a ser co-responsável pela redação dos conteúdos do website, newsletter e redes sociais do Millennium Estoril Open.

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