Come on! Come ON! COME ON! Naquele que foi muito provavelmente o melhor encontro entre Serena Williams e Maria Sharapova dos últimos anos, e uma das melhores finais femininas do Grand Slam australiano, Serena Williams voltou a escrever história. Aos 33 anos, a campeoníssima norte-americana conquistou o seu 19.º Grand Slam, 6.º Australian Open e provou, uma vez mais, ser a melhor entre as melhores.
Foi um jogo bem disputado, especialmente no segundo set, com as duas jogadoras a nunca abdicarem do plano A: atacar, atacar e atacar. Serena Williams esteve impecável no capítulo do serviço (disparou 18 ases!, num total de 88 no torneio), enquanto Maria Sharapova procurou aproveitar todos os segundos serviços da norte-americana para visar as linhas. E a consegui-lo. Foi winner contra winner, come on contra come on.
Depois de um primeiro set interrompido pela chuva e em que o domínio de Serena Williams foi claro, foi preciso esperar pelo segundo set para o melhor ténis das duas jogadoras vir ao de cima. Houve break points para os dois lados, todos categoricamente salvos, houve decisões polémicas (mas acertadas) por parte da árbitra de cadeira, a britânica Alison Hughes, e até um match point salvo por Sharapova (já todos vimos este filme, certo?) antes do tie break decidir quem levaria o troféu, a Daphne Akhurst Memorial Cup, para casa.
E 1 hora e 50 minutos depois, seria mesmo Serena Williams a triunfar por 6-3 e 7-6, com 7-5 no tie break, ao seu terceiro match point, com dois serviços tirados a papel químico. Porque se o primeiro havia sido chamado let, o segundo foi… um ás. Game, set and match, senhores e senhoras, Serena Williams.
A norte-americana está agora a “apenas” três triunfos de igualar o record de títulos do Grand Slam da alemã Steffi Graf, deixando para trás nomes como Chris Evert ou Martina Navratilova. E pensar que tudo começou “com uma raquete, uma bola e uma esperança.” Palavra de campeã.