Federer eliminado, Murray nas meias-finais

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O suíço Roger Federer foi, esta madrugada, eliminado nos quartos-de-final do US Open 2012, o quarto e último torneio do Grand Slam do ano, numa jornada que contou ainda com o último jogo do norte-americano Andy Roddick (derrotado perante Juan Martin del Potro) e vitórias de Andy Murray, já apurado para as meias-finais, Novak Djokovic e Janko Tipsarevic, depois de alguma chuva sentida no USTA Billie Jean King National Tennis Center of Flushing Meadows, em Nova Iorque.
Berdych derrota Federer e junta-se a Murray nas meias-finais
Andy Murray parecia encaminhado para uma derrota surpreendente, mas acabou por ser o primeiro jogador a avançar para as meias-finais do quarto e último Grand Slam do ano, que acabaria por ficar – horas mais tarde – marcado pela eliminação de Roger Federer perante o checo Tomas Berdych, próximo adversário do britânico.
Primeiro cabeça de série do torneio e campeão em cinco temporadas, o suíço Roger Federer procurava conquistar o segundo torneio do Grand Slam da temporada (depois da vitória em Wimbledon) e reforçar assim o estatuto de número um mundial, mas acabou por ser surpreendido pelo checo Tomas Berdych, sexto cabeça de série, que alinhou uma exibição bastante convincente e selou a vitória ao fim de três partidas, pelos parciais de 7-6(1) 6-4 3-6 6-3.
No final do jogo, com o dobro dos ases (14) e quase metade dos erros não forçados (21 para 40) que o suíço, Berdych mostrou-se claramente por alcançar pela primeira vez as meias-finais em Flushing Meadows: “Tenho de estar contente! É sem dúvida um dos meus melhores momentos: joguei contra o Roger, um dos melhores jogadores de todos os tempos, no meu primeiro jogo de sessão nocturna, tenho de estar motivado!”. Quando a Federer, que pela primeira vez em nove anos não atingiu as meias-finais do torneio (o que faz com que este seja o primeiro major desde 2004 que não conta ou com Federer ou Nadal na penúltima ronda, afirmou não acreditar na falta de ritmo: “Já estive nesta situação antes [de não jogar o encontro anterior devido a desistência]. Uma vez estive seis dias e meio sem jogar e acabei por ganhar Wimbledon, portanto não penso que tenha sido esse o problema.”
Horas antes, o britânico Andy Murray (terceiro cabeça de série e medalhista de ouro olímpico) já se havia colocado a apenas dois triunfos de conquistar o seu primeiro título do Grand Slam, depois das finais perdidas em 2008 (Nova Iorque), 2010 e 2011 (Melbourne) e 2012 (Wimbledon). O número quatro mundial da actualidade ainda perdeu o primeiro set para o croata Marin Cilic – décimo segundo cabeça de série -, e esteve dois breaks abaixo na segunda partida, mas a conjugação entre o aumento do nível de jogo de Murray com uma desconcentração do gigante croata acabou por resultar na vitória do mais cotado dos dois jogadores pelos parciais de 3-6 7-6(4) 6-2 6-0.
Após a vitória em quatro parciais, Murray analisou aqueles que considerou serem os pontos decisivos do encontro: “Ele jogou bem no início. Eu estava um pouco nervoso, não conseguia jogar como queria e ele estava a conseguir dominar bem os pontos, portanto tive de mudar e consegui. Lutei e ele ficou um pouco nervoso no final do segundo set, o que ajudou.”
Djokovic e Tipsarevic enfrentam Del Potro e Ferrer nos quartos-de-final
Ainda a disputar os oitavos-de-final, os sérvios Novak Djokovic e Janko Tipsarevic apenas precisaram de disputar três partidas cada para avançarem para os quartos-de-final, onde os esperam o argentino Juan Martin del Potro (que venceu o norte-americano Andy Roddick) e o espanhol David Ferrer (que no dia anterior havia conseguido concluir o seu encontro, apesar de toda a chuva que se fez sentir), respectivamente.
Segundo pré-designado e campeão em título, Novak Djokovic liderava por 6-4 6-1 3-1 quando o seu adversário, o suíço Stanislas Wawrinka, desistiu do encontro. No final, o sérvio afirmou não ter a certeza do que se tinha passado com o décimo oitavo cabeça de série: “Não sei bem o que se passou, mas parecia que estava com tonturas. Ele jogou bem, serviu bem, mas era visível que não estava bem em campo.” O ex-número um mundial deixou ainda um reparo à organização, que insiste em não cobrir os courts quando chove: “Colocarem-se lonas nos courts é a solução mais lógica. Em Wimbledon, quando pára de chover, é só escorrer-se a água e pode-se ajudar, aqui tem de esperar trinta minutos para os campos secarem.”
Já o seu compatriota Janko Tipsarevic, oitavo cabeça de série, levou a melhor perante o alemão Philipp Kohlschreiber (décimo nono pré-designado e carrasco do jogador da casa John Isner) ao cabo de três partidas, por 6-3 7-6(5) 6-2 e avançou pela segunda vez na sua carreira para os quartos-de-final de um torneio do Grand Slam, defendendo assim os pontos conquistados na última época.

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