Depois de na jornada de ontem termos assistido a uma fantástica meia-final entre Roger Federer e Rafael Nadal, o encontro de hoje não ficou nada atrás. O número um mundial Novak Djokovic teve que trabalhar bastante para derrotar Andy Murray.
Para carimbar o acesso à final da 100ª edição do Australian Open onde irá defrontar Rafael Nadal, o sérvio Novak Djokovic precisou de quase 5 horas de encontro com pontos muito longos e uma qualidade de nível por vezes ‘estratosférica’.
O sérvio entrou muito forte no encontro, determinado, e rapidamente se colocou na frente do marcador do primeiro set por 2-0. Murray estava muito irregular e demonstrava algum nervosismo, com vários erros não forçados. Apesar disso, conseguiu recuperar e igualar a 2 o primeiro parcial.
Mas Andy Murray nunca conseguiu demonstrar o seu melhor ténis na primeira partida apesar da recuperação depois do mau início. Novak Djokovic mostrou um elevado nível de agressividade e consistência, vencendo a primeira partida por 6-3.
O britânico começou a elevar o nível na segunda partida e foi a partir daí que o encontro começou a atingir níveis muito elevados. Com os dois jogadores ao seu melhor ténis, apesar de algumas limitações físicas em Djokovic, Murray mostrou muita garra e venceu a segunda partida por 6-3.
Todos os níveis de jogos foram batidos no terceiro set. Os dois jogadores praticaram um ténis incrível, com Murray a mostrar uma direita agressiva que lhe tem faltado em momentos importantes ao longo da sua carreira. O parcial foi alterado inúmeras vezes.
Depois de vários breaks, tudo parecia destinado quando Andy Murray iria começar a servir para fechar a terceira partida a 6-5. Mas o incansável Novak Djokovic não cedeu e conseguiu levar o parcial a um intenso tie-break.
O público mostrou apoio a Andy Murray e o britânico não defraudou as expectativas e mostrou uma direita portentosa com a qual Djokovic não contava. Com vários winners e uma excelente movimentação em campo, Murray adiantou-se para 2-1 em sets, vencendo o tie-break do terceiro por 7-4.
Tamanha intensidade afetou bastante os dois jogadores na quarta partida. Os dois atletas mostraram-se visivelmente cansados, mas a necessidade de Djokovic em vencer o parcial premiou o sérvio, vencendo com facilidade por 6-1, já que Murray preferiu guardar energias para o quinto set.
Mas o número um mundial possuía maior ritmo e cadência do set anterior e entrou muito melhor na derradeira partida. Murray mostrava-se sempre muito fatigado e não parecia capaz de recuperar. Djokovic sempre bastante concentrado nos seus objetivos adiantou-se rapidamente para 5-2.
Quando parecia o ‘fim de linha’ para o escocês, Andy Murray ‘renasceu das cinzas’. Apesar de ter conseguido segurar o seu jogo de serviço para 3-5, tudo indicava que Djokovic iria fechar no seu serviço. Só que quase ‘do nada’ Murray conseguiu recuperar o break do atraso e, de seguida, igualar a 5 jogos.
O britânico parecia ter ganho alguma ascendente no encontro e que teria encontrado mais algumas energias que poderiam ser vitais para o ajudar na sua vitória. Mas a enorme consistência do sérvio Djokovic acabou premiada, com o número um do ranking a acumular dois jogos consecutivos e fechar o encontro pelos parciais de 6-3 3-6 6-7(4) 6-1 7-5.